Fórum internacional exibe obras inéditas no Brasil de artistas de 20 países no Curro Velho

  • 19/09/2024
(Foto: Reprodução)
Fórum Arte pela Justiça Climática traz performances, instalações de arte, shows e mostra de filmes inéditos na sexta-feira, 20, e sábado, 21. Confira a programação. Performance "Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado", de Lapdiang Syiem Divulgação O Fórum Arte pela Justiça Climática ocupa o Curro Velho, em Belém, nesta sexta-feira (20) e sábado (20). Artistas e ativistas de mais de vinte países convidam o público para a programação cultural do evento internacional, que tem entrada franca. São performances, instalações de arte, shows e mostra de filmes inéditos no Brasil; além de programação formativa, com oficinas e rodas de debate sobre crise climática ministradas por convidados da Guatemala, Brasil, Porto Rico, Moçambique, Índia, Palestina, África do Sul, Equador, Colômbia, Egito, Argélia, Portugal, Angola, Malásia, Estados Unidos, São Martinho, Indonésia, China, Gana e Argentina. O Fórum é promovido pela Prince Claus Fund e Open Society Foundations, dois fundos internacionais voltados ao incentivo de iniciativas de arte e cultura comprometidos com a justiça climática no planeta - esse assunto tão urgente, sobretudo diante das queimadas recordes na Amazônia, que resultaram em 31 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) emitidos na atmosfera este ano, segundo dados inéditos do Observatório do Clima (OC), rede de entidades ambientalistas da sociedade civil brasileira. “O Fórum traz para Belém obras que nunca foram apresentadas no Brasil, filmes que só poderiam ser exibidos nesta oportunidade de intercâmbio promovida pelo projeto, já que são filmes independentes que estão longe do circuito comercial. E mais especial ainda: os artistas estarão aqui, falando sobre suas motivações, inspirações e contextos para a produção dessas obras que são políticas e de denúncia da crise climática. Então essa é uma programação valiosa e única”, diz Priscila Cobra, jornalista e carimbozeira afro-indígena de Icoaraci, que assina a curadoria do Fórum ao lado de Renata Aguiar, artista visual, educadora e pesquisadora, amazonense radicada em Belém, e Zayaan Khan, artista da África do Sul que trabalha em defesa da justiça alimentar, da distribuição da terra e do uso de sementes, por meio da contação de histórias e artes multidisciplinares. Yara Costa (Moçambique) apresenta a instalação "Nakhoda e a sereia", uma experiência imersiva e multissensorial Divulgação Programação Sexta-feira Na sexta-feira, a programação começa com a performance “Ao buscar minhas raízes, sinto-me arrancado”, de Lapdiang Syiem (Índia). A performance aborda a mineração e o extrativismo em Meghalaya, sua região natal. A obra se baseia em poemas escritos por Esther Syiem, mãe da artista, como reinterpretações de narrativas orais que questionam as mudanças que afetaram a sua comunidade e território. Em seguida, Sofía Acosta (Equador) apresenta "Lago Agrio, um lugar onde as histórias do petróleo e da família se entrelaçam". Lago Agrio, moldado pelo primeiro poço de petróleo da Texaco na Amazônia equatoriana, influenciou profundamente a história da família da artista e sua visão do petróleo como algo tanto sedutor quanto destrutivo. Por meio de uma ativação arquivística performativa, Sofía visa redefinir a Amazônia como uma paisagem em decadência onde utopia e distopia coexistem, refletindo a complexa relação entre a humanidade e a natureza. Haverá exibição do filme "O Que Pode Vir Acontecer", seguida de conversa com Marianne Fahmy (Egito), mediada por Benji Boyadgian (Palestina). O filme especulativo imagina as consequências de uma inundação prevista para acontecer devido ao aumento do nível do mar, que submergiria o Delta do Nilo no Egito. Alternando entre mitos e história, realidade e ficção, a obra desconstrói projetos hídricos existentes e imagina um futuro onde o nacionalismo pode ser reinventado. A mostra de cinema segue com "Carimbó Raiz da Vida", um filme que mescla a música lírica de Priscila Cobra com as imagens à beira do rio de Marcos Corrêa. A obra é uma construção híbrida de poesia audiovisual, criada a partir da simbiose dos olhares de dois nortistas negros, comunicadores, periféricos que atuam criando conteúdos sobre o mesmo território, a Amazônia. Mohamed Sleiman Labat (Argélia) apresenta "DESERT PHOSfate", filme baseado em perspectivas e filosofias do modo de vida saharaui. O documentário experimental explora a história do fosfato. O filme examina as diversas narrativas sobre a conexão com a terra, as partículas de areia, as plantas e o deslocamento humano e mineral. Além disso, a obra investiga formas de abordar realidades, metáforas e poéticas do deserto. Haverá ainda a exibição de filme e conversa com Mônica de Miranda (Portugal/Angola), mediada por Joyce Cursino (Brasil). "Como se o Mundo Não Tivesse Oeste" e "Caminho para as Estrelas" são filmes que se passam na Angola e que compõem uma sequência de quatro partes, Mônica oferece maneiras não ocidentais de visualizar paisagens e desafia percepções normativas de memória, história e território, além de destacar as estruturas coloniais e os legados que ainda precisam ser desmantelados. Grey Filastine (Estados Unidos) traz a surpreendente instalação "Enxame sonoro: criando intervenções de áudio no espaço público", que mostrará como o artista usa o som no ativismo, em protestos e na arte. Inclui uma breve história de outras intervenções sonoras de Grey que antecederam o “Enxame Sonoro”, desde fracassos épicos até os maiores sucessos. Yara Costa (Moçambique) apresenta a instalação "Nakhoda e a sereia", uma experiência imersiva, multissensorial que alerta para a forma como populações costeiras africanas do Oceano Índico, que durante largos séculos mantiveram uma relação harmoniosa com o mar, estão sendo afetadas pelas consequências do aquecimento global — um problema para o qual não contribuíram. A instalação multimédia combina cânticos e contos de pescadores e mulheres do mar, captados em áudio espacial, com projeções em 360° sobre a sabedoria, a arte e a ciência da comunidade de pescadores da Ilha de Moçambique, fortemente marcadas pela cultura Suaíli, agora atracadas em Belém com suas canoas. Nova Ruth (Indonésia) e Grey Filastine (Estados Unidos) apresentam a performance “Arka Kinari em Terra" Divulgação Sábado O dia 21 abre com a exibição de filme e conversa com Negritar Filmes (Brasil). "A 7 palmas da Liberdade" conta a história de Raimundo e Maria, um quilombola e uma indígena de Vila Nossa Senhora da Batalha, localizada no nordeste do Pará, que decidem ir ao cemitério onde seus ancestrais estão enterrados. O local é ocupado por uma empresa de óleo de palma que privatizou a área e estabeleceu a plantação em cima dos túmulos. O conflito é inevitável. Na sequência, Tareq Khalaf (Palestina) exibe "Azziza’s Garden: A film in process". O filme explora a jornada do artista de retornar à Palestina e perceber a profunda conexão com o lar. Ao documentar sua experiência com suas duas avós e a tia-avó, Tareq reflete sobre o privilégio de pertencer a um lugar e o profundo significado de lar, mesmo em meio à fragmentação familiar, à guerra e aos muitos desafios da vida na Palestina. Nova Ruth (Indonésia) e Grey Filastine (Estados Unidos) apresentam a performance “Arka Kinari em Terra", que combina vídeo, música e histórias. Os dois artistas, que vivem em um veleiro, compartilharão a viagem de seu barco Arka Kinari, um navio à vela de 70 toneladas transformado em uma plataforma cultural para soar o alarme da crise climática. Quentes da Madrugada Divulgação A programação encerra com shows do grupo de carimbó do Pará, Os Quentes da Madrugada, lendário grupo que tem sido fundamental na preservação da rica herança cultural de Santarém Novo, e do Sereia do Mar, formado por mulheres ribeirinhas e agricultoras no interior do estado, liderado por Dona Bigica e e Dona Maria Cristina Monteiro. Serviço Fórum Arte pela Justiça Climática, nos dias 20 e 21 de setembro, de 9h às 19h, no Curro Velho, em Belém. Confira a programação completa aqui.

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2024/09/19/forum-arte-pela-justica-climatica-promove-dois-dias-de-programacao-gratuita-com-obras-ineditas-no-brasil.ghtml


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