Rede Transformar prorroga inscrições para seleção de projetos de proteção do bioma Amazônico
03/12/2024
Inscrições para o edital 'Floresta em Pé' podem ser feitas até o dia 10 de dezembro. Iniciativa é voltada para projetos nos estados do Pará, Amazonas e Tocantins. “Du Campo Delivery - Da Agricultura Familiar para sua Mesa”, da Cooprima, foi um dos projetos do Pará selecionados em 2023
Divulgação
A Rede Transformar, uma iniciativa plural e multissetorial que reúne empresas para promover o desenvolvimento de comunidades, prorrogou o prazo para inscrições de projetos para a nova seleção com foco na proteção do bioma Amazônico. As inscrições agora podem ser feitas até o dia 10 de dezembro, na seção “Floresta em Pé” em formulário eletrônico.
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A inciativa, pelo segundo ano consecutivo, selecionará projetos voltados à preservação do bioma Amazônico e tem como objetivo acelerar iniciativas de empreendedorismo social ou negócios em bioeconomia nos estados do Amazonas, Pará e Tocantins que visam a proteção da Floresta Amazônica. A expectativa é de que os projetos selecionados possam gerar renda nas comunidades e auxiliar na manutenção dos ativos florestais. Os projetos inscritos na seleção devem estar de acordo com pelo menos uma das temáticas e subtemas que constam no edital.
Na temática de Meio Ambiente, por exemplo, serão selecionados projetos relacionados à Redução do Desmatamento ou Mudanças Climáticas. Já na temática de Desenvolvimento Econômico, podem concorrer projetos relacionados à Geração de Trabalho e Renda ou Empreendedorismo.
Exemplos de projetos que podem participar da seleção do edital “Floresta em Pé”
Implantação, qualificação ou expansão de Sistemas Agroflorestais (SAF);
Desenvolvimento ou fortalecimento de cadeias de produtos florestais da sociobiodiversidade (não madeireiros), promovendo o acesso ao mercado e a geração de renda a povos tradicionais, quilombolas e/ou rurais;
Recuperação e conservação dos recursos naturais e da agrobiodiversidade, que sejam essenciais aos povos e comunidades tradicionais para assegurar sua segurança alimentar, qualidade de vida e/ou integridade de seu patrimônio sociocultural;
Recuperação de florestas nativas e/ou áreas degradadas de, no mínimo, 5 hectares;
Inovação e aumento de tecnologia; destinação adequada de resíduos;
Desenvolvimento de bioprodutos e novos mercados;
Manejo sustentável das espécies nativas;
Fomento dos povos e comércios tradicionais;
Valor agregado no social, ambiental, econômico e cultural;
Alavancagem de produtos de sociobiodiversidade;
Cadeia produtiva sustentável e eficiente;
Produção orgânica/produtos extrativistas.
Seleção no Pará
Em 2023, a Rede Transformar apoiou dois projetos no Pará por meio do edital “Floresta em Pé”. Um deles é da Cooperativa de Trabalho dos Agricultores Familiares do Município de Primavera (Cooprima). Uma organização de agricultores familiares que trabalha com produtos sustentáveis e da biodiversidade amazônica, a cooperativa atua em sete municípios e conta com 85 cooperados diretos e seus familiares.
Com o projeto “Du Campo Delivery - Da Agricultura Familiar para sua Mesa”, a Cooprima propôs a implantação de viveiros com produção integrada e sustentável de peixes e abelhas, além do plantio de 15 mil mudas frutíferas em seis unidades de SAFs (sistemas agroflorestais). O projeto contemplou também a implementação de um plano de assinatura e delivery para a venda de produtos.
Já o Instituto Nova Amazônia foi selecionado com o projeto “Mulheres Artesãs da Vila que Era e a Defesa do Território”, que beneficiou 30 mulheres artesãs da Vila que Era, uma comunidade rural localizada a nove quilômetros do centro de Bragança (PA). O objetivo foi fortalecer a autonomia das artesãs, apoiando a produção e comercialização de biojoias. Para isso, foram oferecidos cursos de manejo sustentável de espécies nativas, de bioprodutos e de empreendedorismo sustentável.
O projeto também contemplou a compra de insumos para a produção de 200 peças de artesanato sustentável.
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